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Pulso tempo e Contratempo

Por Matheus Prado

Para entendermos e entrarmos diretamente no universo da percussão e  do ritmo, precisamos entender alguns conceitos básicos que vamos sempre utilizar quando praticamos e ensinamos música.

O primeiro deles é o PULSO. Trata se do nosso denominador comum, nossa referência para tocarmos juntos. Uma orquestra, uma banda pop ou um bloco de percussão precisam estar de acordo para soar no coletivo. O pulso é o que dá esse “chão”, esse ponto de referência para os instrumentistas soarem de maneira coesa. Como assim?

Trata se de batidas equivalentes e equidistantes, que servem como convenção e referência para aquela música que está sendo tocada. Como o pulsar do coração, as vezes ele bate  mais rápido quando estamos praticando exercício ou mais devagar quando estamos deitados na rede, certo? Isso altera diretamente o andamento desse pulsar do nosso coração, alterando inclusive nosso estado físico. É o que ocorre diretamente na música, as batidas referenciais que conhecemos por pulso alteram diretamente o andamento ou a velocidade da música que está sendo praticada. Ou seja, quanto mais rápido batemos o pulso, mais rápida será a execução deste ritmo ou música. 

Quando mensuramos o PULSO, dando unidade de valor e de medida já estamos falando de TEMPO musical. Assim teremos mais referência e mais direção na prática musical.

Portanto essas batidas regulares que servem de base, de “chão”, quando medidas com números, são chamados de TEMPO musical. O tempo é exatamente a batida em cima do pulso, que acaba se tornando a batida mais forte referencial para formar um pequeno ciclo musical.  

 

O Contratempo é muito importante para tocarmos percussão por exemplo. Ele também está diretamente ligado ao pulso da música, porém ele completa a lacuna do tempo forte, isso é, ele é a parte fraca do ciclo musical, as notas que são executadas matematicamente no contrário do tempo forte, evidenciando o conceito de CONTRATEMPO musical.  

 

obs: exercício do caminhar, palmas e coxa.

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SOBRE O AUTOR

Matheus Prado é percussionista, pesquisador e arte educador. Formado em Licenciatura em Música pela Faculdade Santa Marcelina e em cursos de formação do Instituto Brincante, iniciou sua carreira como docente ministrando aulas particulares e oficinas para companhias de teatro e grupos particulares desde 2003. Como professor regular de música lecionou no Colégio Giordano Bruno no período de 2008 a 2010 no ensino fundamental.

No ano de 2012 abriu a Sala do Batuque, espaço que dedica para o ensino de suas práticas e pesquisas musicais do Brasil e América Latina. E desde de 2013 faz parte do corpo docente de professores do renomado Instituto Brincante nos cursos de “Dança e Percussão” e “Percussão Brasileira”, além de atuar em vários espetáculos como artista da casa.

Como músico atuante na cidade de São Paulo, dentro de seus projetos e bandas já performou ao lado de João Donato , Chico César, Arthur Verocai, Lurdez da Luz, Paulo Miklos, Elza Soares, Hildon, Letieres Leite, Carlos Malta, entre outros. Atualmente participa como percussionista e membro de grupos relevantes de música brasileira instrumental como Silibrina e Projeto Coisa Fina, além de colaborar com a música de baile e canção nos trabalhos do Bloco Lua Vai e da cantora Victoria Saavedra. 

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