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Diversidade dos Instrumentos de Percussão Brasileira

Por Matheus Prado

Para entendermos melhor o universo gigante da percussão, devemos conhecer minimamente a diversidade dos principais instrumentos de PERCUSSÃO BRASILEIRA. Vale dizer que nesse país de dimensões continentais, a variedade e as diversas maneiras de se tocar são infinitas. Então destaco um recorte que considero fundamental para conhecermos melhor e organizarmos nossa própria maneira de aprendizagem e por que não, de docência e ensino. 

Pego como referência a batucada coletiva ( Escola de Samba ou uma Nação de Maracatu por exemplo), que é presente nas mais distintas manifestações populares espalhadas por todo o Brasil.

  • Tambores com baquetas; este grupo faz referência a todos os instrumentos que necessitam serem percutidos e tocados com baqueta. Sejam instrumentos graves, médios ou agudos e mesmo que tenham diferentes tipos de baquetas e técnicas para execução, podem ser considerados do mesmo grupo. Com duas partes principais na sua constituição, como o bojo, que é o corpo do instrumento e pode ser feito de diferentes materiais, como alumínio, madeira ou resina, e a pele, que é onde geralmente são percutidos, e pode ser de animal ou industrial como nylon. 

No Brasil podemos exemplificar ou destacar : surdo, alfaia, zabumba, caixa, repiques, rebolo, tan tan , tamborim, entre outros. Geralmente na forma cilíndrica e de vários tamanhos, evidenciam por si só toda a diversidade de sons e mistura musical e cultural que caracterizam tanto o nosso Brasil.

  • Tambores de Mão; este grupo refere se aos tambores que são percutidos diretamente com as mãos. Também de vários tamanhos e até formatos diferentes     ( barril, cilindro,cone) destacam se os tambores de Candomblé como Atabaques da Bahia e os Ilús de Pernambuco, os tambores de Jongo e Batuque do sudeste como Candonguero e Tambú,  as parelhas de Tambor de Crioula do Maranhão , mais recentemente o Timbau que faz de Salvador uma escola e vitrine para o mundo, e outras inovações e tradições que trazem todos os seus tambores de mão regionais espalhados pelo país. Se tocar com as mãos, podemos dizer que faz parte desse grupo.

 

  • Chocalhos; esse grupo de percussão é extremamente diverso. O universo dos chocalhos está em quase todas as nossas manifestações culturais e embora seja também encarado como menos importante e até mesmo de vez em quando seja um ótimo presente para as crianças, é parte fundamental para execução e bala

Os chocalhos basicamente são recipientes com algum tipo de grão no seu interior, permitindo que o chacoalhar produza um som único. Podemos encontrar no Brasil chocalhos de todas as formas e materiais, como alumínio,  plástico, madeira, palha, cabaça e assim vai. Destacam se nos mais variados tamanhos os ganzás, caxixis, maracás, xequerês entre outros. Balançou, swingou e fez um som com os grãos, pode apostar, é do grupo dos chocalhos.

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SOBRE O AUTOR

Matheus Prado é percussionista, pesquisador e arte educador. Formado em Licenciatura em Música pela Faculdade Santa Marcelina e em cursos de formação do Instituto Brincante, iniciou sua carreira como docente ministrando aulas particulares e oficinas para companhias de teatro e grupos particulares desde 2003. Como professor regular de música lecionou no Colégio Giordano Bruno no período de 2008 a 2010 no ensino fundamental.

No ano de 2012 abriu a Sala do Batuque, espaço que dedica para o ensino de suas práticas e pesquisas musicais do Brasil e América Latina. E desde de 2013 faz parte do corpo docente de professores do renomado Instituto Brincante nos cursos de “Dança e Percussão” e “Percussão Brasileira”, além de atuar em vários espetáculos como artista da casa.

Como músico atuante na cidade de São Paulo, dentro de seus projetos e bandas já performou ao lado de João Donato , Chico César, Arthur Verocai, Lurdez da Luz, Paulo Miklos, Elza Soares, Hildon, Letieres Leite, Carlos Malta, entre outros. Atualmente participa como percussionista e membro de grupos relevantes de música brasileira instrumental como Silibrina e Projeto Coisa Fina, além de colaborar com a música de baile e canção nos trabalhos do Bloco Lua Vai e da cantora Victoria Saavedra. 

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