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COMO TER UM RITMO INTERNO BOM?

Um bom senso rítmico é essencial para quem aspira ser um músico “melhor”. 

Ter uma boa base e um senso rítmico estável, é parte do que vai te ajudar a crescer e evoluir artisticamente.

Por Vic Hime

Músicos profissionais possuem o que chamamos de um bom senso de tempo interno, ou um “TEMPO BOM” como é comum ouvir. É como ter o seu metrônomo integrado a sua mente e funcionando quando e como você quiser.

É importante saber que “ritmo” e “tempo”  significam coisas ligeiramente diferentes em música. “Ritmo” em música é um termo muito amplo, que denomina o pulso, gêneros musicais entre outras coisas. Já o “tempo” é a capacidade de manter um padrão rítmico sozinho ou dentro de um grupo.

Ainda que os termos se confundem em seus significados, saiba que ritmo anda junto com o tempo e vice versa. Logo, aqui na Sala do Batuque vamos dar dicas de como você pode praticar ambos.

1) Estude dentro desse fundamento: simples, lento, constante. 

Simples: Escolha peças simples para estudar o ritmo. Lembre-se que estamos falando de desenvolver o seu ritmo interno, nesse caso escolha músicas que vão te ajudar a conquistar esse objetivo. Lembre-se que isso não significa que você não deve tocar o que você quiser, mas que para praticar ritmo e tempo, você deve tocar músicas que te fazem sentir mais a vontade. 

Lento: Quando estamos praticando o ritmo devemos ter em mente que os exercícios que estamos praticando devem ser feitos lento. Uma dica para saber se está lento o suficiente é a seguinte, você consegue tocar todas as notas perfeitamente sem errar ou sofrer com a digitação do instrumento? Se não, está rápido demais para você, você precisa diminuir o andamento drasticamente. Se sim e você quer estudar o ritmo, diminua até 10 bpm e perceba como é a música dentro dessa sensação.

Constante: Você já deve ter ouvido isso antes, e vou repetir para que fique registrado. Melhor estudar 30 minutos por dia por 50 anos do que 8 horas durante 2 ou 3… Lembre-se que Música é um processo de longo prazo. Isso não significa que você vai demorar 50 anos para aprender, na verdade, sempre será um aprendizado. Tenha isso em mente, se você já toca a 10 anos, valorize a sua caminhada e continue querendo aprender.

  1. Grave a si mesmo

Hoje em dia você não precisa de nada além do seu celular para se gravar. Essa talvez seja a melhor forma de aprendizado, você se ouvir, aceitar quem você é e abraçar seus erros. Estou enfatizando a necessidade de você avaliar e reconhecer seu estágio, ao invés de simplesmente identificar os seus erros.

O exercício de se gravar é fundamental para seu desenvolvimento e deve ser acolhido dentro da sua rotina, para isso comece de forma simples escolhendo uma música que você conheça muito bem.

Grave-se tocando (ou cantando, se seu instrumento for sua voz) sozinho, sem metrônomo ou qualquer playback. Ouça a gravação. É possível identificar um ritmo constante na sua gravação? Tem partes que da aquela engasgada? Experimente bater palmas junto com a sua gravação, essa é a maneira de você tocar com você mesmo.

Agora, ligue um metrônomo e grave novamente, escolha um andamento lento e musical para esse estudo. Ao final, ouça a gravação e compare sua performance com o metrônomo. As vezes conseguimos tocar bem determinadas passagens e outras ficam mais enroladas, dessa forma você sabe exatamente o que estudar! Estude o que você tem dificuldade.

Não desanime se você não for tão estável. Apenas resolva melhorar praticando, fazendo aulas, perguntando para músicos e ouvindo mais música (para mim a melhor parte)

  1. DANCE!

Esse exercício é básico para quem quer desenvolver seu senso rítmico e não exige muita explicação. Se você gosta de dançar, dance junto com uma música.

A música deve ser aprendida por meio de todos os sentidos, incluindo sua consciência cinestésica (física).

Coloque uma música, escuta, sinta o ritmico e deixa seu corpo se movimentar livremente, depois de um tempo comece a associar movimentos corporais com elementos musicais, por exemplo, o tempo da música pode ser “marchado” a guitarra entra junto com movimentos dos braços.

Veja que não é necessário aprender passos de dança, ainda que também te ajudariam a se desenvolver ritmicamente, nesse exercício basta você deixar seu corpo se mover ao som da música e representar o que você escuta com movimentos.

Descubra formas de manter o pulso diferente dos pés e palmas, existem infinitas possibilidades de representação, basta gastar um tempinho se descobrindo.

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SOBRE O AUTOR

Vic Hime é baixista, músico e produtor musical. Desenvolve um trabalho com ensino musical a 10 anos dando ênfase em processos de aceleraramento do processo de aprendizagem dentro da música.

Atualmente é apresentador da série de vídeos “Fundamentos do Ritmo” da Sala do Batuque. Uma séria de vídeos criada para treinar seu ouvido interno e sua percepção musical.

Vic Hime é produtor da Sala do Batuque e trabalha ao lado de Matheus Prado para disseminar a Cultura Brasileira e os Ritmos Latino Americanos.