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As três principais técnicas para tocar Percussão Brasileira

Por Matheus Prado

Dentro dessa infinidade de instrumentos da família de Percussão, percebam que destacamos alguns. Seria uma ousadia achar que podemos dominar todas essas técnicas e instrumentos somente com um recorte dos mais evidenciados nas manifestações populares brasileiras. Mas creio que com essa visão, conseguimos entender e experimentar as principais técnicas e abranger uma gama enorme, sim uma gama enorme, dos principais instrumentos de Percussão Brasileira. Nossa proposta e visão para o percussionista, professor de música e arte educador oficineiro é se tornar mais versátil e polivalente na arte de ensinar ritmo e música, por isso prezamos por uma formação mais ampla e versátil, fazendo com que nossos alunos da Sala do Batuque possam tocar e descobrir suas habilidades musicais em vários instrumentos. Para isso precisamos conhecer, experimentar e se possível dominar as TRÊS TÉCNICAS de Percussão Brasileira. São elas:

Técnica de Baquetas

Trata-se da técnica para tocar e manusear os instrumentos com baquetas, como caixa, surdo, alfaia, zabumba, entre outros. É verdade que a técnica de baquetas muito conhecida e desenvolvida por bateristas do mundo todo é muito eficiente para percussão em geral, mas vale dizer que os diferentes tambores citados acima possuem baquetas distintas, de tamanhos e formas diferentes, o que acarreta em uma maneira específica de tocar. Por isso costumamos separar esses instrumentos dentro desse grupo, já que apesar de serem manuseados com baquetas, sejam tão peculiares e fundamentais para conhecermos a variedade da Percussão Brasileira.

Técnica de mão; os tambores de mão brasileiros selecionados pela Sala do Batuque também possuem suas peculiaridades e até mesmo diferentes golpes, batidas e maneiras de tocar. Porém são todos percutidos com as mãos. O que quero dizer é que os atabaques, Timbau e ilú, pertencem ao mesmo grupo , por isso são chamados de Tambores de mão. Para executar seus diferentes sons , usamos os golpes básicos presentes em todos eles, que são: 

 -Baixo, golpe  mais grave 

 -Aberto ou Borda, golpe médio

-Tapa, golpe mais agudo 

Com essas técnica, podemos experimentar todos os Tambores de Mão brasileiros, para depois escolher o de sua preferência e se aprofundar nos seus toques e linguagem.



Técnica de Pandeiro; o pandeiro é um instrumento muito versátil, talvez o mais versátil dos instrumentos brasileiros de percussão.  Vindo da península ibérica, que por sua vez herdou dos povos árabes e mouros quando lá ocuparam e povoaram, o pandeiro tomou forma e características muito singulares em nosso território,  se espalhando pelo Brasil de maneira rápida e peculiar a partir da música que nascia no Rio de janeiro no final do século XIX. O Choro e logo posteriormente o Samba, que são resultados da fusão da música europeia  com ritmos Afro Brasileiros, tiveram o pandeiro como principal instrumento de percussão e acompanhamento, desenvolvendo e evoluindo este instrumento de maneira única em relação ao resto do mundo, tornando o Pandeiro uma “impressão digital” da nossa cultura e música popular brasileira. Por isso destacamos como uma técnica de percussão brasileira específica, versátil e bastante difundida.

Conclui se  então  que podemos organizar as três principais técnicas de percussão brasileira: Técnica de Baquetas;  Técnica de Tambores de Mão;  Técnica de Pandeiro. 

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SOBRE O AUTOR

Matheus Prado é percussionista, pesquisador e arte educador. Formado em Licenciatura em Música pela Faculdade Santa Marcelina e em cursos de formação do Instituto Brincante, iniciou sua carreira como docente ministrando aulas particulares e oficinas para companhias de teatro e grupos particulares desde 2003. Como professor regular de música lecionou no Colégio Giordano Bruno no período de 2008 a 2010 no ensino fundamental.

No ano de 2012 abriu a Sala do Batuque, espaço que dedica para o ensino de suas práticas e pesquisas musicais do Brasil e América Latina. E desde de 2013 faz parte do corpo docente de professores do renomado Instituto Brincante nos cursos de “Dança e Percussão” e “Percussão Brasileira”, além de atuar em vários espetáculos como artista da casa.

Como músico atuante na cidade de São Paulo, dentro de seus projetos e bandas já performou ao lado de João Donato , Chico César, Arthur Verocai, Lurdez da Luz, Paulo Miklos, Elza Soares, Hildon, Letieres Leite, Carlos Malta, entre outros. Atualmente participa como percussionista e membro de grupos relevantes de música brasileira instrumental como Silibrina e Projeto Coisa Fina, além de colaborar com a música de baile e canção nos trabalhos do Bloco Lua Vai e da cantora Victoria Saavedra. 

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